sábado, 28 de dezembro de 2013

TORÁH - uma leitura para sempre

Este ano, quando li o jornal da 15ª Feira do Livro de Santiago, um lançamento me chamou a atenção: TORÁH - Gênese, com tradução de Davy Bogomeletz.
Esperei o domingo com ansiedade, pois queria demais esse livro, ainda mais bilingue: hebraico e português, sempre oportunidade de se aprender cada vez mais.
E assim conheci o Sr. Davy Bogomeletz e comprei o livro TORÁH.

Mas o que é TORÁH ?

Podemos dizer, de maneira geral, que é  o nome dado aos cinco primeiros livros do Tanakh (também chamados de Hamisha Humshei Torah),  e que constituem o texto central do judaísmo. Contém os relatos sobre a criação do mundo, da origem da humanidade, do pacto de Deus com Abraão e seus filhos, e a libertação dos filhos de Israel do Egito e sua peregrinação de quarenta anos até a terra prometida. Inclui também os mandamentos e leis que segundo o judaísmo tradicional, foram dadas a Moisés para que a entregasse e ensinasse ao povo de Israel.
Chamada também de Lei de Moisés (Torah Moshê), por vezes o termo "Toráh" é usado dentro do judaísmo rabínico para designar todo o conjunto da tradição judaica, incluindo a Toráh escrita, a Toráh oral  e os ensinamentos rabínicos.

No entanto, o TORÁH com tradução de Davy Bogomeletz é ainda mais, muito mais, pois é um livro que traz notas com interpretações e ensinamentos de Rabinos de diversos tempos. É um trabalho que foi elaborado pelo Rabino Marcos Edery da Argentina, sendo que a primeira edição em 1994, foi uma tradução do hebraico para o espanhol.
A presente edição que tenho a felicidade de ler, mantendo todo o estudo e notas do Rabino Marcos Edery, foi traduzida do hebraico para o português por Davy Bogomeletz.
Como o próprio Rabino Edery nos fala na introdução do livro, são quatro os caminhos mais importantes para a compreensão do texto da TORÁH:
a) o Peshát: interpretação literal e objetiva do texto;
b) o Rémez: interpretação alegórica;
c) o Derásh: interpretação quase livre e subjetiva;
d) o Sod: interpretação mística.
Sod é segredo. É isto o que me interessa, a interpretação mística. Não sei se vou conseguir, mas vivo para isto, para desvelar o segredo.
Quando eu tinha menos de trinta anos de idade, li um texto hassidim que dizia que devemos começar a estudar a Cabala a partir dos quarenta anos de idade.
Agora, quase sexagenária, penso até que os hassídicos tenham um pouco de razão. A maturidade nos permite um olhar mais amplo sobre a beleza dos textos sagrados, que o entendimento começa a fluir.

Esta TORÁH traduzida pelo Davy Bogomeletz é maravilhosa.
Recomendo a leitura.

Um comentário:

  1. Pois então...! Esses dias vi nas redes sociais pessoas debochando da história bíblica de Noé e seus animais! Antes de criticar, essas pessoas deveriam ao menos ter conhecimento da existência desses 4 métodos de interpretações das escrituras. Geralmente os ateus ao tecer críticas pesadas, abordam os textos usando apenas o primeiro método, o da interpretação literal, nem mesmo sabem da existência dos outros.

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